
Palavras que falamos e ambos escutamos
Data 10/05/2016 00:35:25 | Tópico: Poemas
| Liz: Onde você esteve ? Na ilusão e poesia, derramado em um espelho ou dentro da minha alma?
Lobo: Estive vagando pelo deserto, a tentar matar o meu medo, encontrando um lugar, e à minha alma deixar.
Liz: Deixe os braços vazios, onde o frio abraçar o seu medo , onde nada enterrar seu instinto.
Lobo: O vou seguindo suavemente, abraçando o meu manto, e ao calor que sinto, cobrindo a frieza pertinente.
Liz: Sem abrigo em um manto, apenas seguindo à frente, sentir a brisa arrogante, na distância decadente.
Lobo: A decadência são nos astros, não sou um digno de tal magnitude, apenas sou um filho da lua, a aconchegar minha essência.
Liz: Poeira são os sonhos, mãe cigana argumento, onde a noite clandestina nos banha , onde o deserto nos chama sem espaço ou tempo .
Lobo: Até ouço lá sua voz, remoendo o meu pensamento, vendado pelo tempo que levou, o meu animal feroz.
Liz: Hoje meus uivos ecoam na colina, na floresta, no lago, a inclinação que leva o meu destino, enquadrado no silêncio solitário.
Lobo: Como entendo este solitário silêncio, recorrendo às folhas, que caiu sobre mim, sentindo o vento, até um dia chegar, ao médio Oriente.
(Em mais um dueto com minha poética e sábia amiga Liz. )
|
|