És palavra seminua em lua cheia deitada no mar do pensamento cavalgando ondas, abrindo vagas como quilha de barco emproado de sentimentos
És palavra enconchada em praia quente plena de areias amareladas pelo sol poente traçando formas aladas numa profusão de versos emparelhados, fulgentes
És palavra escrava vergada à dor prisioneira do regime cru e cruel a que te votaram nessa folha simples de papel mas que se ergueu bandeira da República de Mel
És palavra livre e ligeira pela madrugada acordando cândida mas despindo os seus véus como serpente despudorada tocando com a língua a maçã encantada…
Num dia és tudo nas mãos do poeta noutro dia és nada!