Há um lago manso que beija as verdades secretas transformadas em pedras marcadas com o X da emoção.
A fonte sagrada brota de uma terra abençoada pelo néctar que se entranha numa ebriedade tamanha…que o simples perfume comove numa entrega pura, abissal…
Ele acerca-se do improviso profundo, como negra sombra que renuncia todas as chagas derramadas no mundo e emerge a luz, qual tesouro insubordinado, impregnado de ouro, que reluz e seduz…
O seu sopro é nenúfar vadio o seu amor provém do rio, o seu hálito é narcísico embuste para enlouquecer!
E não adiantam as preces, os trilhos ou as benesses emaranhadas no visco escorregadio do musgo pois, nada fica como antes…
Jamais correrão as águas iguais num mesmo local. Jamais terão um som igual…
Candidamente afogam a sede numa saudade monocórdica delegando a sua semente ao doce salivar… numa emoção total!
E o ciclo recomeça a cada monção como se cada gota fosse concreta e final…