Algumas mulheres são como fábricas de
gente e não se dão conta, desapegadas do
sangue, na veia só corre óleo cru.
Abandonam em qualquer lugar, na verdade
comportam-se como se tivessem acabado de
evacuar, deixam o dejeto lá, jogam no balde
de lixo ou afogam em um rio, só querem se
livrar.
Esses seres desprezados, quando não têm a
vida ceifada ali, crescem nas Instituições,
encarando outros abandonos, muitas vezes
tornam-se os invisíveis no jardim da infância,
vivem mendigando amor, atenção, sonhando
com a adoção. No entanto, como em um
canil nem todos tem a mesma sorte, tem
muitos que escolhem pela raça ( só adota os
que tem pedigree)...
E aí o tempo vai passando, e a maioridade
chegando, recebem alforria, liberdade, como
gatos, sendo empurrados do muro das
Instituições, para caírem de pé do outro
lado, na sociedade.
Graças a Deus, que o que falta em algumas
pessoas sobra em outras e ainda existe quem
adote, os que fazem a diferença e refletem
raios de luz!
...E assim o que poderia ser a ponta de um abismo, torna-se um novo horizonte iluminado!
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