ALUVIÃO

Data 18/06/2016 04:58:16 | Tópico: Sonetos

ALUVIÃO

Ando à cata de versos na faisqueira,
Quando um mundéu inundo de vocábulos.
Purificar verdades por diálogos,
É quanto busco aqui junto à ribeira

Após anos de lida garimpeira,
Percebo verdade e ouro quase análogos
Como douram as letras dos decálogos
As suas esperanças verdadeiras.

Tomo a pena e demais apetrechos
A achar pepitas por estes trechos
Onde rio e poesia meandram curvas.

Inútil precisar este tesouro:
Ao batear versos por águas turvas,
Escorro tudo. Ao fim, se brilha é ouro!

Betim - 11 11 2005



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