O Embalar da Vida

Data 01/03/2008 18:33:22 | Tópico: Poemas

Não vejo ninguém,
Vagueio no meu imaginário
Qual folha velha ao vento,
Sem destino, sem casa...
Olho ao fundo uma gasta nuvem,
Fumo num horizonte precário,
Pessoas que invento,
Uma mulher de veste curiosa.

Seco os olhos com o Sol,
Estão sujos por aqui andar
Por olharem esta mísera vida,
Corropio de sensações putrefactas.
Amontoam-se rebuscadas letras num rol,
Num desgosto ímpar
Que levanta a alma destemida,
Desenhada por ciências exactas.

Passeio as minhas palavras,
Largo-as perdidas no papel
Alvo, só e virgem,
Cruzo-as com pensamentos,
Olhar obsceno desfeito em sombras,
Fruta da vida, com sabor a mel...
Suave como a tal nuvem
Que se desfaz em curtos momentos.


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