CONCRETUDE

Data 01/07/2016 18:13:06 | Tópico: Sonetos

CONCRETUDE

Lança mão de imagens enquanto lavras
As palavras ao encanto de seus sons.
E, embora achando versos muito bons,
Evita os demais poetas e suas lavras.

Visto que tu, como eles, escalavras
Os muros sempre cinzas e marrons.
Que depois, grafitados de mil tons,
Violentam o concreto com palavras.

Deixarás tua marca pelas ruas
Como cenário a quanto acontecia
Entre homens vãos e damas seminuas.

Tuas obras nos mostrem, todavia,
Nas curvas do concreto que insinuas
As serras onde raia um novo dia.

Belo Horizonte - 24 04 2016


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=311216