Estranhamente doce

Data 06/07/2016 15:30:38 | Tópico: Poemas

É aqui que os dias se cruzam
espartilhados
como a sede da gaivota onde ironicamente
agoniza o verão.

São longas as horas e o silêncio alonga-se
nas ruas que dormem
na inocência de sílabas proibidas.

Sei de um equilíbrio impreciso
ou da sombra errante que me amarra as memórias
à voz que me rodeia o nome.

Tão breve como a lucidez da folha
tecida na sede das mãos

cresce nos meus olhos
um abrigo de água
estranhamente doce.


maria


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