
A esperança (Emily Bronté)
Data 07/07/2016 22:41:19 | Tópico: Poemas -> Introspecção
|  Esperança, amiga insegura; Sentou-se fora do covil, Para ver a mim e à ventura, Como um ser egoísta, vil.
No seu temor, como foi má; Entre os grilhões, dia sombrio, Olhei para fora e a vi lá, Sua face fez um desvio!
É vigia, falsa entretanto, Mas na luta por paz cicia; Como cantava no meu pranto, Se a ouvisse, Ela emudecia.
Falsa e impiedosa, a Esperança; Quando as alegrias rolaram, Contrito, até o Pesar viu as lembranças, Que ao meu redor se esparramaram.
Esperança, se sussurrasses, Trarias alívio aos meus ais, Ao Paraíso, voo alçaste, Partiste, para nunca mais!
Emily Bronté (1818-1848), escritora e poetisa, autora de "O morro dos ventos uivantes". Este poema foi traduzido por Renata Cordeiro.
Imagem do Filme "O morros dos ventos uivantes".
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