Delito vespertino

Data 02/03/2008 19:51:52 | Tópico: Poemas

São três horas
de uma tarde assombrada
por cujos minutos
ainda arde o relógio.
A sensação ácida da fome
transporta o fel do meu peito
à minha boca
antes amarga.
Nessa estúpida e nebulosa
maneira minha de existir,
eu me adianto
à justa serenidade:
ergo-me de mim,
onde costumo gastar
as horas lentas da tarde
e, em nome da ordem,
cometo o esquecimento.



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