Lá fora no avesso do mundo há um rio que deserta mas chora num lugar sem fundo
(A lua solta-se breve e costumeira tal orgasmo do sol a colidir com a noite)
Enquanto se espera pelo som abafado das pingas grossas nas vidraças tudo é a graça que por sua Divina Graça une o céu com a terra
Na serra ainda a lonjura do tempo se mantinha acesa enquanto o sino se balançava irrequieto por quanto o som traiçoeiro se adentrar pelas maiores dores do mundo, cá dentro
Por demais extenuantes eram os seus ecos vibração, paixão talvez até comiseração por um rio perdido agora por mares tumultuosos de obrigação ou quiçá, pelos altares onde se ajoelham todos os Mestres que trazem a bem aventurança de todos os tempos
(Calados, frios e sombrios são todos os tempos do mundo)
E ali somente as águas paradas recebiam as mãos abertas para um todo inseparavelmente cuidado como se cuidam todos os sonhos quando navegam em águas brandas até à chegada das novas chuvas para regarem os campos
Enquanto isso o sino tocava às almas e desprezava uma lágrima perdida na imensidão do tempo agora espelhada na pia de água benta