O Poeta De Papel

Data 24/07/2016 21:59:34 | Tópico: Poemas

Dentro do reino de ouropel
Se achando enorme achado
No trono ostenta seu cajado
Nosso triste poeta de papel.

Sobre sua face o tênue véu
Da ignorância sórdida e vil
Mão no queixo, olhar cruel
Planejando atrocidades mil.

Com a baba espumando fel
Seu sangue talhado e azedo
Se sente anjo na Terra quedo
Olhos vesgos, cabelo chanel.

Só, preso no próprio pinel,
Vocifera versos, hieróglifos,
Em seu sofrimento de Sísifo
Nosso pobre poeta de papel.


Sísifo:

O mito de Sísifo é um ensaio filosófico escrito por Albert Camus, em 1941.

No ensaio, Camus introduz sua filosofia do absurdo: o do homem em busca de sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade. Será que a realização do absurdo exige o suicídio? Camus responde: "Não. Exige revolta". Ele então descreve várias abordagens do absurdo na vida. O último capítulo compara o absurdo da vida do homem com a situação de Sísifo, uma personagem da mitologia grega, condenado a repetir sempre a mesma tarefa de empurrar uma pedra até o topo de uma montanha, sendo que, toda vez que estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido. Fonte Winkipédia.



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