
Monotonia
Data 25/07/2016 16:44:50 | Tópico: Poemas
| Acende-se o farol da manhã Cobrindo o manto de flores Despertam os primeiros atores Para a batalha diária e afã.
Sentem-se reis e senhores Do seu destino e do seu clã E a vontade que nasce sã Valoriza sonhos e dores
Bocas bocejam, o barulho Dos automóveis no asfalto… O mundo, um monte de entulho Que os toma, assim, de assalto
Passam rostos desconhecidos E o cheiro a croissants e café Devolve forças, um pouco de fé Aos que parecem não ter destinos
Edifícios antigos, o homem comum Se confronta em olhares furtivos Numa tristeza de concretos vivos E o tempo devorando um a um.
Meninos que correm descalços Sobre as calçadas de pedra dura A falta de amor, um pouco de ternura Em repreensões e em abraços
Feito um mecanismo imutável cai a tarde E com ela mais um dia da vida humana Que regressa para seus lares, sem alarde, Desejosa de descanso, isenta de gana.
Finda-se finalmente o sol e a monotonia Uma estrela acende o véu da noite Como uma solidão que se acoite Nos braços da Lua à espera de um novo dia. Poema confeccionado por Felisbela e Gyl num momento de descontração. Obrigado, poetisa!
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