
Son[h]o
Data 26/07/2016 12:38:06 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Do sonho dos tormentos da cama dos sentidos da esperança, sentimentos da vida dos perdidos
Mundo, sensação Esperança, quem te viu Quem te vê com o coração Foi um mundo que ruiu
Quem não vê e não quer ver Não verá quem está defronte O coração diz para esquecer
Para combater os mares e o monte O impulso, para escrever Cego, vislumbrarás o horizonte
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Há sereias e sentidos Pulsão a renascer Libidos perdidos que não haviam ao nascer
Neurónios constrangidos O limbo diz para escrever que os desejos reprimidos dou-te-os para ninguém ver
Há quem veja na caneta um falo, um fuste que se vem A tinta jorra nesta greta
entre linhas do além Do caderno, sou quem tecla as teclas do desdém
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Rios, mares e lagos Réstias de navegante Seios e olhos largos duplicidade fulminante
Mamilos tão amargos Suor dum verão escaldante Destroços fulminados Estocada tão distante
Quem não vê e não perscruta Nada vê pois não quer ver Observo ao largo a gruta
Um mineiro a se entreter Freud, não sou puta Tão-só a psique a verter!
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Quem não vê e quem não viu Vê que o sono é um sonho Há gente que descobriu que é um [h] que lhe ponho
O sonho é sono em fuste Uma [h]aste tão vivida Um sonho não é um traste É um códex da vida
Amálgama do sentido Mixórdia da experiência do dia precedido
Estímulo com latência desejo reprimido Repto da inconsciência
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Um sonho é tão disforme tal como o é a doçaria homónima e não conforme com a trigonometria
Que o pudor contorne a bem da Alegria E num Poema uniforme já há sonho, há magia
O sonho distorce o mundo E sexualiza cada ente Distorce o que é imundo
para bem do consciente é a catarse do profundo a cada noite, na tua mente!
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