
O chamado
Data 30/07/2016 22:53:59 | Tópico: Poemas
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Cupido de bronze maciço no tope do mausoléu, ensaiava gestos discordando com veemência, da serenidade dos ciprestes sob o mesmo céu, observados pelo luar cúmplice da complacência.
Noites e noites se passavam cobrindo a herdade, de quando em quando o vento quebrava a monotonia, a provocar o arredio dos crisântemos sem maldade, varrendo a poeira da cruz que o mármore atavia.
Companheiros dos pássaros noctívagos do lugar, um lírio branco saúda o crepúsculo a suspirar, trazendo de volta a calma neste campo sem sol.
Sobre a campa ainda enfeitada de tulipas e rosas, minhas memórias se banham do passado saudosas, Ela chama na certeza que irei como outro arrebol
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