Abnegação

Data 03/08/2016 16:00:06 | Tópico: Poemas



se o nascente reprimisse aurora
no travesseiro a luz do sol
residia
aquecimento apaixonado
pro dia

a poesia desalinhada dos cabelos
tatuando craquelado
no esmalte das unhas
ritmando Chopin
e Beethoven
dedilhando
o corpo do poema
desequilibrava paredes
o teto...
o ecossistema

enturvavam-se
alheios
acontecimentos pela impercepção
dos olhos
quando se perdiam naquela dimensão
onde todos os sons
eram daqueles passos
e aquela presença
era o nobre gás
pra respiração

a repetição das estações
não repetiram
a pessoa
para a dedicação atuar

o vazio toma
forma de mãos
e

falta
o ar

falta
o ar










Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=312495