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 ESTAR SOZINHOData 04/03/2008 03:15:39 | Tópico: Mensagens -> Amor
 
 |  | <br />                                                        ESTAR SOZINHO... 
 Não é apenas o avanço tecnológico que
 marcou o inicio deste milênio.
 As relações afetivas também estão
 passando por profundas
 transformações e revolucionando
 o conceito de amor.
 
 O que se busca hoje é uma relação
 compatível com os tempos modernos,
 na qual exista individualidade,
 respeito,
 alegria e prazer de estar junto,
 e não mais uma relação de dependência,
 em que um responsabiliza o outro
 pelo seu bem-estar.
 
 A idéia de uma pessoa ser o remédio
 para nossa felicidade,
 que nasceu com o romantismo,
 está fadada a desaparecer
 neste início de século.
 
 O amor romântico parte da premissa
 de que somos uma fração
 e precisamos encontrar nossa outra metade
 para nos sentirmos completos.
 Muitas vezes ocorre até um processo
 de despersonalização que,
 historicamente,
 tem atingido mais a mulher.
 Ela abandona suas características,
 para se amalgamar ao projeto masculino.
 A teoria da ligação entre opostos também
 vem dessa raiz
 o outro tem de saber fazer o que eu não sei.
 Se sou manso, ele deve ser agressivo,
 e assim por diante.
 
 Uma idéia prática de sobrevivência,
 e pouco romântica,
 por sinal.
 A palavra de ordem deste século é parceria.
 Estamos trocando o amor de necessidade,
 pelo amor de desejo.
 Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso,
 o que é muito diferente.
 
 Com o avanço tecnológico,
 que exige mais tempo individual,
 as pessoas estão perdendo o pavor
 de ficar sozinhas,
 e aprendendo a conviver melhor
 consigo mesmas.
 Elas estão começando a perceber
 que se sentem fração,
 mas são inteiras.
 O outro,
 com o qual se estabelece um elo,
 também se sente uma fração.
 Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma.
 É apenas um companheiro de viagem.
 
 O homem é um animal que vai
 mudando o mundo,
 e depois tem de ir se reciclando,
 para se adaptar ao mundo que fabricou.
 Estamos entrando na era da individualidade,
 o que não tem nada a ver com egoísmo.
 O egoísta não tem energia própria;
 ele se alimenta da energia
 que vem do outro,
 seja ela financeira ou moral.
 
 A nova forma de amor,
 ou mais amor,
 tem nova feição e significado.
 Visa a aproximação de dois inteiros,
 e não a união de duas metades.
 E ela só é possível para aqueles
 que conseguirem trabalhar
 sua individualidade.
 Quanto mais o indivíduo for competente
 para viver sozinho,
 mais preparado estará para uma boa
 relação afetiva.
 
 A solidão é boa,
 ficar sozinho não é vergonhoso.
 Ao contrário,
 dá dignidade à pessoa.
 As boas relações afetivas são ótimas,
 são muito parecidas com o ficar sozinho,
 ninguém exige nada de ninguém
 e ambos crescem.
 
 Relações de dominação e de concessões
 exageradas são coisas do século passado.
 Cada cérebro é único.
 Nosso modo de pensar e agir
 não serve de referência para avaliar ninguém.
 Muitas vezes,
 pensamos que o outro é nossa alma gêmea e,
 na verdade,
 o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
 
 Todas as pessoas deveriam ficar
 sozinhas de vez em quando
 para estabelecer um diálogo
 interno e descobrir sua força pessoal.
 Na solidão, o indivíduo entende
 que a harmonia e a paz de espírito
 só podem ser encontradas dentro dele mesmo,
 e não à partir do outro.
 Ao perceber isso,
 ele se torna menos crítico e
 mais compreensivo quanto às diferenças,
 respeitando a maneira de
 ser de cada um.
 
 O amor de duas pessoas inteiras
 é bem mais saudável.
 Nesse tipo de ligação,
 há o aconchego,
 o prazer da companhia e o respeito
 pelo ser amado.
 
 Nem sempre é suficiente ser
 perdoado por alguém,
 algumas vezes você tem de aprender
 a perdoar a si mesmo...
 
 
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