Coimbra – Jardins da Quinta das Lágrimas – 31 de julho de 2016

Data 13/08/2016 21:02:14 | Tópico: Poemas


Quantas lágrimas caras derramadas
Emergem na fonte onde tudo terminou
A carícia, o beijo ou um abraço sobrou
E tantas alegrias de amor esperançadas

Daquele rosto, as únicas formas lembradas
São o espelho gasto de onde tudo brotou
Como aquelas rosas que o jardineiro amou
E cujo perfume agora são águas passadas

Serpenteando de forma mansa e reluzente
Ficando presas na terra pouco a pouco
Elas são a única e trágica beleza inocente

Que neste inglório local se faz presente
Como prova da dor de um homem, quase louco
Que amordaçou um tal segredo tristemente




As fontes de Inês
Uma história de amor torna-se grande pelas lendas que a mantêm viva. E a história de Pedro e Inês não é exceção.
Apesar de o príncipe ter coabitado com Inês por vários anos no Paço de Santa Clara, a tradição popular afirma que, para com ela comunicar, D. Pedro usava um cano que corria da Quinta das Lágrimas até perto do convento das clarissas. Diz-se que colocava as cartas em barquinhos de madeira que, depois, a água proveniente dessa fonte, a Fonte dos Amores, se encarregava de transportar.
Na Quinta das Lágrimas existe também uma Fonte das Lágrimas, cujas águas terão, segundo a lenda, tido origem nas lágrimas vertidas por Inês quando foi assassinada. O sangue do seu corpo terá deixado uma mancha de algas avermelhadas na rocha, visível ainda hoje.
http://www.visitcentrodeportugal.com.pt/pt/quinta-das-lagrimas/




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=312915