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  Mais um ano de saudade viva Que o tempo nunca apaga em garantia Lembrança boa que a mente cativa Para não ocultar seu sorriso, a alegria.
  Cada dia a mente traz lembranças  Da labuta, do cavalo, o chapéu, Cavaleiro  regressando às andanças O boi era o alvo, na laçada o troféu.
  Mimo era a flor, que me oferecia Pequenina, no quintal pela manhã E sorria todo dengo, após dormia O leite mugido na rede era anfitriã.
  O rio corria detrás  da casa Na pesca o peixe fresco sem veneno Verdura no quintal era de graça  A vida assim sorria em tom ameno.
  Depois veio a cidade, tudo estranho A lua do luar fugiu da noite  O rio bem distante fugiu o banho Sem liberdade a vida é um afoite.
  Saudades que o tempo não apaga Exemplo, justiça, e  honestidade,   Raízes fincadas em longa estrada Foi meu pai um poço de saudade.
 
  Sonia Nogueira 
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