
*Ao Meu Pai 2° domingo de agosto
Mais um ano de saudade viva Que o tempo nunca apaga em garantia Lembrança boa que a mente cativa Para não ocultar seu sorriso, a alegria.
Cada dia a mente traz lembranças Da labuta, do cavalo, o chapéu, Cavaleiro regressando às andanças O boi era o alvo, na laçada o troféu.
Mimo era a flor, que me oferecia Pequenina, no quintal pela manhã E sorria todo dengo, após dormia O leite mugido na rede era anfitriã.
O rio corria detrás da casa Na pesca o peixe fresco sem veneno Verdura no quintal era de graça A vida assim sorria em tom ameno.
Depois veio a cidade, tudo estranho A lua do luar fugiu da noite O rio bem distante fugiu o banho Sem liberdade a vida é um afoite.
Saudades que o tempo não apaga Exemplo, justiça, e honestidade, Raízes fincadas em longa estrada Foi meu pai um poço de saudade.
Sonia Nogueira
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