a respiração dos poros

Data 15/08/2016 13:26:50 | Tópico: Poemas




o tempo encara a ousadia
onde insinua que de gnose
certa vida já foi suficiente
abastecida
devido as vestes
que se mostram poídas
e pela corrosão da melanina.
porque células em ciranda
já não brincam meninas

terminam em becos
de pele, linhas
pespontando brevidade;
ruas sem saídas
com desenhos áridos
do tempo

entretanto, a decomposição da veste
cert' alma não repele;
luz que resta na lucidez
de aderir no tempo
sua nudez.

respiram ainda, no vestido, os poros
e a brevidade pelo tempo almejada
neste enquanto será abreviada,
pois, se cabe mais um voo
ainda na sapiência
da vida, superior ciência

então...










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