O assombro caiu no abismo perfeito dos nossos olhares enquanto as mãos roçaram o destino despido de preconceitos
E eu precisei do pacto feito entre o teu e o meu peito no momento em que caíram perdidas as nossas bocas na caligrafia arriscada do nosso poema
Pois nada ficou no lugar da certeza imputada ao meu ventre quando se renovou de odores próprios da primavera num misto de infusão com sabor a alegria e o jardim repleto do teu mel
Houve uma invasão de alma arranhada pelas tuas palavras na ponta dos dedos e soltou-se o gemido purpura pura na ternura entre a tua língua e a minha
Assim…publicaste-me os segredos em rimas de risos remanescentes enquanto suavizaste os meus pensamentos na beira das folhas do livro que escrevemos durante o tempo guardado no quarto de lua onde nos deitámos e amor…fizemos.