
Desembrulhando o tempo
Data 22/08/2016 18:50:06 | Tópico: Prosas Poéticas
| Inquieto ficou meu destino Quando desembrulhei o tempo Recolhido no profundo silêncio de mim Algemado a este poema quase clandestino Inquieta deixei a solidão quando Vagámos nos céus infinitos Percorrendo os píncaros do Tempo escorrendo na vulgaridade Inefável dos teus desejos Numa tremenda cumplicidade De abraços e sorrisos a preceito Desembrulhei-te a fragrante esperança Assim Reconquistando cada artéria de vida Onde acariciámos o tempo Há tanto tempo rogado num Açoite quase perverso Fugindo ágil nas asas deste Precioso e mimado verso É tempo de desengaiolar esta Longínqua saudade Colorindo todo o folclore imerso No silêncio onde se calam todas As histórias da nossa apoteótica Liberdade Surfando nas ondas vorazes da vida Abraçando-nos gemendo quase Delinquentes …Num tempo bramindo lisonjeado Soberano Repentino e tão concludente Desembrulhei coisas Que pastavam nos meus Mais selectos sonhos Percorrendo o bordão dessa luz Onde por fim se eclipsou Meu encadernado poema Que o tempo por ali passarinhando Em epígrafe estes versos meus Pra sempre em ti desembocou Deitado no travesseiro da vida exalando todo o perfume que este silêncio por fim vivificou FC
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