PLENILÚNIO

Data 26/08/2016 01:50:00 | Tópico: Sonetos

PLENILÚNIO

Houvesse aqui jardins, damas-da-noite...
Andaríamos soltos pela rua
Até, sob a luz pálida da lua,
Nos encontrarmos... Não, não mais se afoite

A manhã no amanhã incerto! Foi-te
Um amor que a esperança perpetua...
Tu me feres de morte a carne nua
Às chispas de teus olhos feito açoite.

Nada há agora aqui senão nós dois.
Sigamos enluarados e a sós, pois,
A lua nos convida a cair de amores.

Não vás! Sem ti a noite se apequena.
Em vão será a lua, embora plena,
E embora haja jardins, perfumes, flores...

Belo Horizonte - 06 02 2006



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=313412