À escrita

Data 27/08/2016 19:04:39 | Tópico: Poemas


Foi uma quente heresia nos dedos
Que acordou o brilho de um poema
Como palavra salivando, blasfema
Na oração sagrada dos segredos

E despertou a tal métrica no regaço
Decassilábico de límpida inspiração
E trouxe ao sol a verdadeira ilusão
Que canta em cada canto o abraço

Contemplando os versos germinando
Como flores no jardim alado, suspenso
Demonstra como esse amor imenso
Te ilumina esses sábios lábios, rimando

E no milagre matutino do sacramento
Silencioso de folhas já tão fatigadas
Acorda a bonança das espigas doiradas
No trigal das ilusões feitas de alento

Alumia essa clara claridade glamorosa
Emprestada à tua pele magnificente
Nessas mãos de poeta omnipresente
Que enleva em odes a envergonhada rosa.




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