SELVAGEM

Data 04/09/2016 10:33:28 | Tópico: Poemas

Não sei quem és nem o que queres.
O telefone,sobre a mesa de jantar,
continua sem tocar,
ao lado dos pratos, copos e talheres
que se mantêm a brilhar
As toalhas de felpo sobre a cama,
ainda dobradas,
ligeiramente perfumadas,
esperam os teus ombros molhados
enquanto os lençóis, delicadamente esticados
como que acabados de passar.
A vela colocada em cada metro quadrado,
perfumada, jasmim,
anseia ser acesa por mim,
lado a lado, à tua chegada
mas
Cansei de esperar
a mulher fatal,
selvagem na cama
mas cuidada como a princesa mais chique.
Cansei de esperar, enquanto procuras "o tal"
que não diga que te ama
apenas que te dê "aquele click"
Cansei de esperar, que encares a realidade,
que pares de agir, na busca da liberdade,
como criança
Cansei de esperar o que não existe!
Serás sempre o sonho de que se desiste
não a doce eterna lembrança!


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