A democracia morreu de fadiga

Data 11/09/2016 12:51:13 | Tópico: Poemas


Chove gente na tarde poeirenta,
Chovem lágrimas amargas,
A democracia morreu de fadiga
Na terra onde apatia é sedenta

Na campa floriu o aço,
Dali não saio nem passo
Meu destino é limitado ao acaso,
Da terra molhada me tiraram o pedaço

Chovem lágrimas em meteoros,
A dona democracia morreu!
A lua chorou, o vento comoveu
Eu também, depois morri de desaforos

Causados pela liberdade condicionada
Nos calaboiços da demagogia,
Me passam pra o lado de lá da miséria, sem guia
Nem credenciais libertas d’apatia congestionada

Adelino Gomes-nhaca




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=314060