VINTE E UM DE SETEMBRO

Data 23/09/2016 09:21:17 | Tópico: Prosas Poéticas

VINTE E UM DE SETEMBRO

Um dia, a gente se vê em cima de uma esteira correndo sem saber atrás do quê.

Talvez, atrás dos anos passados, dos amores perdidos...

O tempo não para e hoje tenho mais passado que futuro. E o presente... O presente é nebuloso como a Via Láctea na noite de hoje. Eu olho para o céu e vejo o leite de deusas derramado pelo infinito. Isso é belo e triste como a vida costuma ser, eu acho.

Tenho sorte: Não estou doente ou cansado demais como tantos. Tenho tempo até para me debruçar sobre o meu próprio abismo e escrever frases soltas. Ou seja, lamento porque posso lamentar.

É a condição humana!

Não há como mudar isso, nem quero. Meu coração sangra e é bom que seja assim. Afinal, só estando vivo para sentir dor, amor ou que for.

E eu estou vivo.

Betim - 2016.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=314508