Empilhados sobre o céu em sorrisos, brilham pomares de loucuras renovadas.
São eles que me alimentam os dedos plenos de volúpias e que se acercam dos teus lábios, paraíso onde as folhas me desnudam o azul do eclipse solar.
Embriago-me no mel do poema que tens na voz e enrosco-me paulatinamente ao tronco das tuas raízes, como serpente, coroando-te o peito de beijos impunes, incólumes, de desejo…
Langorosamente roço os dedos na maçã e as veias segredam-me o quão maduro está o teu perfume…
E as folhas lavadas pela lavanda intrínseca ao mundo sabem o nosso segredo… suspiro suave, que nos impele rumo ao pecado do amor.