Direto eu faço isso Dizer que não ligo Que de tal pessoa não preciso Que me contento em ficar sozinho Que me contento em residir no meu mundo sombrio Que possui sinceridade o meu sorriso Mas, quem eu quero enganar? Sim, busco as demais pessoas alegrar Porém no fundo, estou a chorar Na solidão estou anos a morar Em minhas rimas não há só alegria Não ha só harmonia Elas também guardam uma dor reprimida Mas quem diria que esse dia chegaria? Aquele menino que pela casa corria Que sorria, felicidade o perseguia Onde está aquele meu garoto Pois agora, faço sinal de socorro. Este ano eu fiquei entocado Olhando apenas para as paredes do meu quarto Como se eu fosse um bicho do mato Distante das correrias das pessoas, que movem a cidade Sinto como se fosse um senhor de meia idade No auge da loucura, temendo a rua Tentando evitar pensar com a mente insegura Talvez esteja buscando uma saída dessa tortura De sentir o nada Buscando uma fuga. Neste ano uma nuvem negativa sobre mim pairou Ela, por muito tempo me desanimou Me desmotivou, me desmontou Ao ponto de não saber onde estou E que, aquela luz que sempre nos momentos difíceis me iluminou Não se apresentou, e minha resistência se desmoronou Mas sempre beirando ao fim, me sentindo infeliz Eu consigo escapar das garras do vaco, por um triz Algo dentro de mim não me permiti desistir Não sei como esse "algo" consegue me impedir Talvez me dê sempre um alerta, pedindo para eu refletir Talvez seja o palhaço trancafiado, dizer que desejar ser libertado Aquele mesmo palhaço que quer ser amado Sim, aquele sujeito preocupado com a felicidade de alguém O mesmo clichê, "Querendo o bem" Quem sabe eu liberte ele de vez? Afinal, aos outros mal nenhum ele fez. Quem sabe até quando as correntes irão aguentar E quanto mais ele continuará a revidar Continuará a resistir, lutar, persistir O palhaço necessita fazer alguém sorrir Ele, ou melhor, eu quero ser assim!
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