Uma Ponte

Data 05/11/2016 20:55:33 | Tópico: Poemas

Como não me render à sutileza,
Ao tom doce e meigo da sua voz
Quando eu e você estamos a sós
Eu compenetrado na sua beleza?

Como o relógio foi conosco maldoso!
Como foi cruel a mão da mãe Natura
Deixando duas almas cândidas e puras
Em tormento de um desejo perigoso!

Ah! Delícia é poder sonhar contigo!
Já o despertar sem a sua companhia
É uma lástima, é uma triste agonia,
É morte por inanição sem ter pascigo.

Quisera eu que lá adiante, no futuro,
Fosse seu o todo meu Belo Horizonte!...
Que não existisse entre nós um muro.
Que houvesse somente uma... Ponte!




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