
Tela minha
*Ao Entardecer
Olho o por do sol beijando o mar abraçando a noite fria sem luz sinto o coração desmoronar. A lágrima chegando, beijo a cruz.
Areia salpica o corpo, suave, o sonho fugindo sob o gemido das ondas em silêncio, a trave a dor doendo sem alarido.
O êxtase jogou-me para o além tudo confuso mistério irreal. O vento soprando aqui aquém. Ó Deus, por que persiste o mal!
A terra sangrando, homem vil, nem sente a passagem, a rapidez manhã chega lenta, a noite é viril eu vi nesta hora tanta pequenez.
Pudesse eu sonhar sem utopia vestir a alma que faminta enseja a paz das horas em agonia, pingo que molha e não goteja.
Menção Honrosa- Poesias Encantadas, SP.
Sonia Nogueira
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