DE MÃO EM MÃO
Data 17/11/2016 21:40:35 | Tópico: Poemas
| Porque há poemas que têm de voltar e complementarem-se...
Mostro de mim quase nada e nada já sou quem sou
Verto dos bolsos os versos que guardo dos meus delírios se me inventei ao luar… nas noites mansas do estio
Guardo os sabores temperados em favos de mel e sal nas fendas no céu da boca quando à sede me rendi
Mostro de mim quase nada e nada já sou quem sou
Sei das cores das flores do campo Sei das dores das folhas no outono encharcadas de saudade quando se vão sem querer…
Mostro as minhas mãos rasgadas nas pedras ásperas que abracei e guardo flores secas prensadas dos jardins que não reguei…
Mostro de mim
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João Luís Dias
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