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 RUA DO NUNCAData 18/11/2016 21:48:33 | Tópico: Poemas -> Sociais
 
 |  | Salve se quem puder nesta rua do nunca, Nestes prédios centenários degredados,
 Nestas antigas fábricas de sonhos abandonados,
 Só restam as ruinas de prosperidade qual cemitério industrial ,
 Em paralelo com o cemitério de pessoas em cima,
 A rua cheira mal de ponta a ponta,mesmo junto á linha de combóio,
 No mau cheiro das canalizações , casas de ratos,
 As antenas parabólicas mostram como tem parado o tempo aqui,
 Pacotes de vinho barato pelo chão,latas de sumo e cervejas,
 E o Lavadouro Municipal mesmo ali á mão,
 Dá uma ideia da contrastante realidade...
 Uma Ford Transit faz marcha atrás derruba 2 caixotes de lixo ...
 Que fiquem pelo chão,não é já nada consigo e segue viajem,
 É a rua da ETAR e do seu cheiro nauseabundo,
 É a rua onde passa uma moradora jovem com uma criança pela mão,
 Com um saco de lixo na outra,
 O saco rompe se,ela segue caminho impávida como se nada fosse,
 Apesar da funcionária de uma das fábricas ainda no ativo,
 Gritar a plenos pulmões pela sua falta de educação e pelo lixo que fica no chão..
 É a rua da amargura ,é o fim da linha
 É a rua dos sem abrigo,dizem do centro para os sem abrigo...Pois é.
 E se soubessem que  eu lá estava quem queria ser meu amigo?
 É esta a Rua Gualdim Pais até ao fim da Estrada de Chelas
 
 SEMEANO OLIVEIRA
 
 
 
 
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