E o vento silencia-se em palavras anémicas

Data 04/12/2016 11:41:09 | Tópico: Poemas


O vento silencia-se em palavras anémicas
e as mãos abraçam o vazio, por onde os pássaros poisam as asas inertes
no colo envidraçado do verso

e onde os mares abraçam a linha recta do luso fusco
há pétalas envergonhadas despetalando-se do poema
que teima em desabrochar, despido de tudo e de nada

e as mágoas inanimadas deslizam nas paginas brancas celulóticas
onde famintos os vocábulos dicotómicos ausentam-se das rimas por dizer
e o vento silencia-se em palavras anémicas

Escrito a 3/12/16



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=317003