Serenidade na água do meu Tejo

Data 11/12/2016 19:46:27 | Tópico: Poemas

As margens do Tejo
aconchegaram vezes sem conta
o meu olhar,
levaram-me para outros portos
tantas vezes
quando queria partir,
levaram-me
para não naufragar,
as águas turvas
embalam-me os sentidos,
elevaram-me a alma
para a outra margem,
levaram-me
à nascente do rio,
ao caminho árduo para de novo chegar,
sempre sem excitar…

Correu o rio pelas duas margens
galgou obstáculos
para alcançar o fim,
o seu mar que o aguarda
sempre…independentemente do tempo…sempre!

Murmurou-me o rio
mil segredos destas passagens,
para me dar coragem
nesta minha viagem
e quando o sol se encobre nos meus sonhos,
volto ao leito
deste meu rio…meu Tejo,
por ali fico
a partilhar segredos
que ficam nas águas encantadas
ao som do abraço sereno
que este meu conselheiro
sabe dar sem amarras!



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