Tormentos

Data 28/12/2016 15:09:57 | Tópico: Sonetos

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TORMENTOS

Dios, sácame del alma estos tormentos,
Tortura de estar viendo cuán lejanos
Quedaron tan perdidos los momentos,
Aquellos que brotaron de tus manos;

Aquellos que entre asombro recibía,
Los mismos que de sueño se forjaban,
Que fueron tan de gozo, de alegría,
Aquellos que otros mundos me mostraban.

La flor se marchitó mas su ceniza,
Que impregna el aire azul de irrealidad,
Entre pliegues del alma se desliza.

Besando van los bosques primordiales,
Y hechizan con total impunidad,
Fragancias que se juzgan inmortales.


TORMENTOS

Meu Deus, tira-me d’alma estes tormentos,
Tortura de estar vendo quão distantes
Ficaram tão perdidos os momentos,
Aqueles de esplendores rutilantes!

Aqueles que assombrado eu recebia,
Os mesmos que de sonhos se geravam,
Que foram tão de gozo, de alegria,
Aqueles que outros mundos me mostravam!

Aquela flor murchou mas sua fragrância
Perfuma o céu azul de irrealidade,
perdendo o seu poder tempo e distância.

Beijando vão florestas primordiais
E encantam com total impunidade
Aromas que se julgam imortais.



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