
A MORTE DO OPERÁRIO
Data 09/03/2008 15:46:36 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| <br />A MORTE DO OPERÁRIO Paulo Gondim 09/03/2008
Um fato qualquer. Sem importância Assim foi a morte do pobre operário Até houve um choro natural Dos primeiros minutos Das primeiras horas Nem um dia se completou
No dia seguinte, a realidade. Morto pobre não deixa saudade Para os filhos, a liberdade Que antes já tinham, contra sua vontade Por muito desprezo, falta de respeito Era o que recebia, na vida sem valia
A mulher, no seu jeito sempre roto Nem chorou. Nem simulou (Acho até que festejou...) Marido bom é marido morto!
E viverão, filhos, netos e a esposa ausente Que mal no velório se fez presente Da minguada e escassa pensão, mas viverão Será mais simples a divisão Sem o marido, sem o pai, sobra mais ração
Sobra mais dinheiro no fim do mês Viverão melhores, na sua pequenez Enganados, acomodados na sua mesquinhez Vão viver à custa dessa mísera pensão Improdutivos, até que gastem o último tostão
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