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    	Data 30/12/2016 03:25:50 | Tópico: Poemas
 
  |  Meu ano bom - Lizaldo Vieira Terá disso  Balanço na roseira  E tapa na peteca  E mais um pouco  Pra ser bom mesmo Quero é mais rasgar o verbo Cantar canções do parafuso  E das taeiras  Esquecerei as brigas  Por filigranas  A política e corruptos  Que vão as favas Mandarei tudo ruir pro  inferno Serei amante dos amantes  Atento aos meus direito  Cortarei na carne as fontes de gordura E de preguiça Vingarei com ferro e fogo  O arque inimigo de minha gaia  Sentarei no balanço de corda  Na sombra da mangueira  Conversarei com os micos  Meus bichos  Minha natureza será sempre A eterna companheira Estimularei a pela de bola O casamento da raposa  As crianças nas escolas Serei bicho de sete cabeças Pronta pra driblar viroses presas  Darei banho perfumado no moreno  E na pretinha Serei valente na defesa dos índios  E quilombolas Descerei o morro do riacho das pedras  Escalarei a subida do saco leitão  Se me perguntarem pra onde vou  Depois da merecida aposentadoria Depois dos noventa  Direi apenas  Que o destino a Deus pertence Quando criança voltar  A ser ninado no balanço  Da rede de caruá
 
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