Amor imprevisto

Data 10/01/2017 09:32:35 | Tópico: Sonetos



Boiar não quero mais nesta incerteza,
pois tudo neste mundo está marcado
pelo fado afinal, e com certeza
não poderá durar o bem sonhado.

Pensar não quero mais em fantasias,
num sonho florescido e bem amado,
se as minhas tão escassas alegrias
são chuvas que lá vão pelo beirado.

Gozar quero do amor quando ele chega,
amando nesse instante e com fé cega,
apenas ele pouse, de improviso.

Gozando dessa mão que assim me toca,
o amor que ela oferece e nada evoca
será meu bem amado paraíso.

* * * * *

De qué sirve esperar al amor puro
si todo en este mundo está marcado
por la suerte fatal y a buen seguro
no existe el paraíso tan soñado.

De que sirve soñar con fantasías,
con campos verdecidos y lejanos,
si al cabo las contadas alegrías
escurren como el agua entre las manos.

Gocemos pues de Amor cual éste llega,
gocemos de ese instante con fe ciega,
tan pronto como pose, de improviso.

Gocemos de esa mano que nos toca,
su amor que nos ofrece y nada evoca
será nuestro anhelado paraíso.






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=318570