
O ponteiro dos segundos pára sempre nas duas horas
Data 11/03/2008 22:57:56 | Tópico: Poemas
| O ponteiro dos segundos pára sempre nas duas horas, que horas serão agora no vazio do pensamento? Enquanto se tropeça em salientes motivações não se observam os fenómenos do turbilhão vigente.
Apetecia adormecer em dezassete sílabas, mas a noite transforma-se em dia, o sono em vida, e de manhã escrevem-se poemas em pedras de gelo afogadas no calor morrente dos seus sentimentos.
São detalhes de um pormenor ousadamente oculto, peças de um velho mecanismo que “ticta” insolente, vislumbres de eternidade contorcidos em espirais de sangue, ferro e fogo nas veias de qualquer humano.
Talvez agora seja a tal hora parada no ponto, duplamente certa, numa lógica incompreendida por mentes livres, que afirmam: “o único relógio honesto é o que está parado, pois nunca mente”.
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