A SONETISTA MORTA

Data 12/03/2008 01:57:51 | Tópico: Sonetos

Quando a lua dos sonetos ocultar
O brilho que foquei nas minhas retinas
Estarei prontamente com bela sina
A remir todos os medos que fiz brilhar!

Já sem forças às mãos estenderei em prece
Um soneto derradeiro com flores de sal
Que das lágrimas flori sem ter o mal
A roer minhas veias em pobre messe!

A mortalha dos loucos hei de vestir!
À tardinha recolherei varal d'estrelas...
E nuas, minhas mãos acariciarei...

A pena que na vida sempre toquei
E fiz do Universo, meu ar, minha veia!
Morri sem medo, sonetos despi!

(Ledalge,11 de março de 2008




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