
Luto
Data 23/02/2017 00:39:31 | Tópico: Poemas -> Sociais
| André levantou cheio de sonhos E resolveu sair na rua cheio de esperança, De que tudo ia mudar em sua vida, Antes de colocar o pé no chão quente Recebeu uma bala perdida na cara, Mais um morto em minha pátria, Poucos que agora derramam lágrimas, Todos os dias o noticiário sangra, E a reza é a mesma. Crianças abandonam a escola precária, Pelas drogas, e muitas vivem feito zumbis pela Esquina, algumas vendendo, Outras comprando, Algumas em dividas, Outras matando. O Zé é sinistro, manda muita Família pra fora de casa, Enquanto os direitos humanos defende canalhas Na cadeia, mães de família desesperada. No planalto, que tem de corrupto, Um lavando a mão do outro, Com medo de ser enquadrado, O assassinato começa no plenário. Sustentamos o governo, Eles roubam os nossos direitos, Nos prometem segurança Nos metendo o medo, E a burguesia cada dia nascendo, Pobre achando ser rico, Escravo do mercado de trabalho, Todo dia nasce mais e mais desemprego, Crescem o imposto, Investem no carnaval, Vendedor ambulante marginalizado, Para o prefeito Tudo tem de ser registrado, Pimenta no "sul" dos outros é refresco. O vocabulário dos garotos estão muito avançado, Muitos sequer sabem escrever o próprio nome, O filho da Maria todo dia Foge da escola. Muitos trocaram a caneta pelo revólver, E a página vem sendo muita gente assassinada, A tinta é sangue, Deixa dores, marcas profundas De um vida desgraçada.
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