De veneno está meu corpo imune...
Data 25/07/2017 15:38:32 | Tópico: Poemas
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De veneno está meu corpo imune, De bagaço quero aquele que arde, De poesia quero a que me incomoda, Dos loucos os que me enfrentam
E empurram pro poço sem fundo Com a corda à garganta, a mesma Que uso pra me sentir livre o resto Do tempo e dizer o que me dá-na
-Gana, como que parindo da alma uma coruja, Como quem rasga e dana o pescoço, Na suja e maldita corda que não afrouxa, Nem dá sinal de partir a alta figueira.
De veneno está o meu corpo imune, O pecado é perder o céu, suponho, Não o procuro, do veneno quero o mais puro, Pra beber entre os bruxos de olhos negros,
Com a corda na garganta e nas mãos, O rosto curvo, cego ...
Da peçonha será meu corpo impune, De bagaço quero aquele que arde, De poesia quero a que me incomoda, Dos loucos os que me enfrentam
E empurram pro poço sem fundo Com a corda à garganta, a mesma Que uso pra me sentir livre o resto Do tempo e dizer o que me dá-na
-Gana, como que parindo da alma cuja Como quem rasga e dana o pescoço Na suja e maldita corda que não afrouxa Nem dá sinal de partir a figueira alta.
De veneno está meu corpo imune Pensamento e acção são ânsia e dor, Para mim quando fico gelado do sentir Para baixo sem conciliação ou paz,
De peçonha será meu corpo imune, Mas jamais do castigo que carrego E me faz cantar com ruído e sem Sossego e corrói tal o ácido clórico
Ou o hálito do medo ...
Joel Matos (07/2017) http://joel-matos.blogspot.com
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