Perdoa tanto, tampouco ...
Data 05/03/2017 09:55:39 | Tópico: Poemas
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Perdoa por valorizar o vaso Não o conteúdo do mesmo A lua e não o branco luzeiro Os dedos e não a ânsia
Perdoa valorizar o peso E não ser o balanço dos teus Medos e receios, perdoa O esforço sem alcançar
A beleza que de tu'alma vem A memória curta e o teu Vago cheiro em mim, Quase mineral e mágico
Sim, perdoa a mágoa e os beijos Que não dei nem a ti Nem a outrem porque nem tento, A indecisão do caminho
Que levo e porque não Posso ser levado pla mão tua Nem quero, perdoa Este inverno sem calor profundo
E porque fiz da ceara tua Meu prado, perdoa por isso E sobretudo a convicção Com que digo o que minto,
Perdoa se sou desatento Pois me doi no rosto teu O sentimento que tudo é vão E o fumo é o espelho
Nada resta que não seja Pedir perdão e desabotoar Do peito a mágoa de não O poder ter porque não sinto
Talvez direito a tê-lo cá dentro Tão tanto, tampouco É um desejo de mim mesmo Ou teu...
Joel Matos (03/2017) http://joel-matos.blogspot.com
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