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    	Data 13/03/2008 00:52:31 | Tópico: Sonetos
 
  |  Soneto da mais profunda desilusão
 
  E disse-lhe eu, cravando em seu olhar profundo,  O meu olhar opaco, que luz não refletia:  Por onde anda o amor que tu juraste um dia  Que seria só meu enquanto houvesse mundo? 
  Bem sei que vais partir, sinto-me um moribundo,  Que o estertor retém em sua garganta fria,  Que por ti tudo fez, e muito mais faria....  ...nada disse; e eu quedei-me ali meditabundo. 
  Sentindo-me afundar como um gusano imundo  No Paul pestilento que escavei um dia,  Por crer que o amor profundo que existia 
  em mim, era apoiado em seu amor profundo, Que se foi, e é hoje o pântano nauseabundo Onde afogo minha vida, a paz, a alegria,
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