
Oblivion
Data 21/03/2017 19:19:37 | Tópico: Prosas Poéticas
| Quisera eu esquecer-te abandonando as vagens do tempo onde o frio e o despudor da solidão se alimentam e amordaçam o terramoto de sentimentos folclóricos adormecendo o nimbo dos desejos tão pictóricos
Esquecimento…era somente um perdido olhar vagando na jangada do tempo estatístico Eram tantos abraços telúricos guarnecidos por excelência Venerados e sepultados, enquanto morro de saudades excêntricas lembranças telegráficas embebidas num aminoácido estilístico fecundando a vida explícita numa química de prazeres histéricos quase místicos
No pátio das minhas lembranças ruíram esquecidos Os beijos defuntos e exóticos sentados à escrivaninha Dos meus mais selectos desejos empíricos Prevaricando num desejo escorrendo na noite trémula Antepara do esquecimento onde rubrico um poema Teórico, isométrico …tão banal como um simples namorico
Vivo neste corpo e contudo sei porque dele me ausento Todos os dias rumo às fantasias onde pelejam meus lamentos Numa evasão louca e tântrica escapulindo pelo ergométrico Apelo de um sonho inebriante e temperamental Cíclico momento de todo esquecimento murmurando Numa dialéctica timbrada num amor transcendental
Agora e depois de fugir de mim Reencontro-me nas ruelas dos esquecimentos Adentro no silêncio amargo, reconciliando-te Entre lágrimas sôfregas purificando o tempo Onde sacio as súplicas dispersas no cadáver Das ilusões predestinadas e tão meticulosas
Esqueci a genética das tuas gargalhadas Lembrei-me só da hereditariedade da saudade Bebendo o ADN de cada sorriso travesso ostentado No estrídulo penetrante da tua voz, doce e meiga Onde amortalhava o desejo de viver-te eterno Numa disritmia de amores fraternos e requintados
FC
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