Alteras-me as percepções, Alucinógeno em pequenas porções. Vício que não desgasta, Apenas um gesto teu, me basta.
Amplias-me a capacidade de entrega, Deste corpo em branca lua, que nada te nega. Ouço, na imensidão, as tuas cores, (Reflexos insanos, teus e meus). Diáfanos e sutis sensores.
Dilatas-me as pupilas, em órbitas orquestrais, D’um calor profícuo, em vontades magistrais. Salvas-me duma saudade imperante, Tua volúpia, em meu desejo, sempre reinante.
Curas-me do corpo febril e pedinte. Tomas-me em toda a tua potencialidade. Reinas em minh’alma, com furor e requinte. Teus gestos, noite afora, são meigas obscenidades.