FAZE(DOR) DE ADEUS

Data 23/03/2017 16:12:06 | Tópico: Poemas


Um adeus que mais se sente
do que diz uma frase lida
de oralidade vã
é estampido que resvala na mente
que ecoa e estraçalha
o ouvido do tempo
memória de uma dor antiga
onde habita o esgar das fadigas
de cada dia, ressonância do ontem
dessa palavra inesquecida
que requer mudança de rota
para o olhar quase demente
salvo a boca, inundada
de mastigar silencios
somente para (des)cobrir defesas
por que sabe que não há nada
que possa estancar a sanha desse
que não sendo Deus faz-se
um fazedor de (a) deuses
ditadores dos "nunca mais"...

Maria Lucia (Centelha Luminosa)




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