A papoila
Data 29/03/2017 22:31:11 | Tópico: Poemas
| A papoila
Flor delicada, efémera, poucas folhas, desamparada, nasce no campo sem ser semeada é um facto, o vento leva as sementes para qualquer lado e elas aparecem nos campos diversos, até nos interstícios do pavimento.
Tão débil, pétalas sedosas, finas, quase transparentes, caule fino, tão fino que parece não suportar tanta beleza e aquela airosidade, que mais lembra um sopro de vida balançando á mais pequena brisa que lhe dá mais leveza.
Deve viver só para adorar e não se julgar ser adorada, vive humildemente o perfume ofereceu-o ao Senhor e os carpelos doirados é toda a riqueza que lhe foi doada.
Rubra de amor enche um campo de cor, fascínio, alegria! Não a colham deixem-na viver em liberdade, na sua pureza. Reparem que ela entristece, desfolha-se como uma poesia.
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