As vezes pergunto a mim mesmo
Quem sou neste vasto mundo,
Vagante partícula no vazio, não sou
Nem o luzir dos vaga-lumes sou.
Quem sou eu afinal?
Não sei situar-me nesta vastidão
Adormecida, nem sei dizer teu nome,
Será que sou o sol que aquece as flores
E alumia os prados, ou a lua que condiciona
A rebeldia dos mares e oceanos?
Não, não me assemelho com nenhum deles,
Eles dão e tiram vidas. Que vida poderia dar
Ou tirar
Sem saber se existo?!
Um dia perguntei às gaivotas se conheciam
Meu nome, e simplesmente disseram quáck…quáck,
Meu nome é quáck, existo e sei quem tu és
Entre as mulheres.